XI EUROPEAN GOLDEN OLDIES – TRIESTE ITÁLIA 2012

Decorreu entre 14 e 18 de Junho de 2012, em Trieste, Itália, o XI European Golden Oldies
Rugby Festival, evento no qual a Associação Interfronteiriça Rugby Guadiana marcou presença,
naquela que foi a 3ª participação consecutiva neste Festival europeu, depois das presenças na
Ilha da Madeira e em Caernarfon, no País de Gales.

A comitiva hispano-lusa, a maior de entre as cerca de 40 equipas presentes, ficou hospedada no Hotel Roma, perto do centro histórico desta bonita cidade italiana, banhada pelo mar Adriático.

A cerimónia de abertura, sempre aguardada com enorme expectativa, por constituir o primeiro contacto entre os elementos das várias equipas e permitir o reencontro com alguns velhos amigos, realizou-se no “Molo 4”, bem perto do nosso Hotel, e deu início ao programa do Festival.

O programa desportivo iniciou-se no dia 15 de Junho, no Prosecco Center, e logo aí começaram os problemas da organização, que, na verdade, deixou muito a desejar. Um dos campos, para não dizer dois, não reunia as condições necessárias para a disputa dos encontros, o que motivou uma alteração do calendário, feita em cima da hora e do joelho, o que acarretou um sem número de contrariedades no desenrolar do programa, com constantes alterações de horários e local de jogos, obrigando as equipas a saltar de campo para campo, não se dignando a organização a prestar as informações necessárias, sendo antes os responsáveis dos clubes a ter de se preocupar com todas as questões.

A A.I.R.Guadiana participou com uma equipa na competição “soft”, destinada a maiores de 45 anos e outra na competição “hard”, mas também aqui não houve grande consenso nem, como se esperaria, uma uniformidade nas regras e critérios de arbitragem, que variavam de jogo para jogo, de acordo com o desejo das equipas intervenientes. O nosso primeiro encontro foi com a Selezzione Friuli/Venezia/Giulia, o primeiro de 6 encontros que disputámos com equipas italianas, facto que mereceu algum reparo por parte da nossa equipa, pois estando presentes num torneio europeu, com equipas de vários países, era natural que em 8 jogos tivessem saído em sorte, equipas de diferentes países. Foi um típico jogo de estreia, com a nossa equipa a ter alguma dificuldade em materializar o intenso domínio, apenas o conseguindo com um ensaio de Tete, já no decorrer da 2ª. parte. A realçar neste encontro, uma excelente arbitragem, o que infelizmente não se veio a verificar na maioria das seguintes partidas. Findo este encontro, a equipa reuniu-se para festejar o 13º. aniversário do meu filho Pedro, numa simples e singela homenagem, na qual a família o presenteou com um quadro com uma montagem fotográfica referente à sua participação no último Portugal Youth Festival, onde em representação dos sub-13 do R.C. Montemor, obteve um brilhante 2º. lugar. Nesse dia defrontámos ainda mais 3 equipas italianas, I Cangrandi, de Verona, Senatori Virgiliani, de Mantova, os “over45” e os Vecio de Rovigo, terminando invictos, o que aliás se viria a verificar no final do Festival. Destes jogos ressaltam o verdadeiro espírito de equipa, que é desde sempre uma característica da nossa Associação, e um ou outro momento dignos de registo, como o ensaio do Pablo, numa ilusória linha contínua de 5 metros, erradamente marcada, entre os 5m da touche e a linha lateral, a lesão do John Wilson quando se prestava para marcar um ensaio e foi placado, apesar dos calções amarelos, e perante a complacência do árbitro, ambas as situações no jogo com a equipa de Verona, e o ensaio escamoteado ao Nuno Carido, na bola de jogo com Rovigo, equipa que aplaudiu e confirmou a sua validade. Num dia tão importante para mim, perdoem-me a imodéstia, não posso deixar de registar os 2 ensaios que obtive e pude brindar ao meu querido filho, nos jogos com I Cangrandi e Senatori Virgiliani. Após os jogos, os elementos do nosso grupo reuniram-se à volta de um “pata negra”, que o Pepo transportou desde Badajoz no seu automóvel, e que o Joaquin Rojas cortou com toda a mestria, num ambiente invejável de salutar convívio, que não deixava indiferente quem passava.

O habitual dia de descanso foi aproveitado de diferentes formas. Enquanto uns poucos foram tranquilamente banhar-se nas calmas águas do Adriático, outros foram dar de beber à dor para um “chiringuito” ao pé da praia, e houve, como foi o meu caso, quem fizesse uma incursão à Eslovénia, para conhecer a bonita e harmoniosa capital, Ljubljana, onde decorria uma feira de vinhos, na qual comprámos uma garrafa de espumante, com a promessa à bonita e simpática Mateja, que apenas a abriríamos para celebrar a conquista do europeu de futebol pela nossa selecção.

O 2º. dia de jogos, abriria com a reedição dum confronto com os velhos conhecidos da Gymnasia y Esgrima, equipa que defrontáramos no País de Gales no X EGORF, e no seu campo, em Buenos Aires, no decorrer da 2ª digressão sul americana do Clube de Rugby de Juromenha, em Novembro de 2010. O outro encontro da equipa menos jovem seria também um reencontro, desta vez com os galeses do Y Gogs, com quem havíamos jogado na Madeira. A equipa mais competitiva defrontaria no seu primeiro jogo os Vecios de Treviso, com muitos antigos membros da famosa equipa Benetton Treviso, num fantástico encontro, que sorriria às nossas cores por 2 ensaios a zero, ambos marcados pelo Tete. Grande jogo e grande exibição da nossa equipa, que foi aplaudida veementemente pelos elementos das outras equipas presentes, nomeadamente pelos incrédulos italianos, que nem podiam crer que os pequenos ibéricos tinham conseguido vencer a mais cotada equipa presente no Festival. Inclusivamente no placard dos resultados foi colocado inicialmente o resultado ao revés… O último encontro da nossa equipa foi novamente com a equipa italiana de Rovigo, pois a equipa com quem fariam o segundo jogo não se apresentou, o mesmo acontecendo à equipa suíça dos Spring Cows, com quem deveríamos jogar. Mais um excelente encontro da nossa equipa, que apesar de ter marcado três ensaios, viu o resultado final cifrar-se num empate a zero…

A nossa equipa apresentou-se neste Festival, ostentando o galardão de “Crocks of the Festival”, atribuído na anterior edição em Caernarfon, título que defendeu com muita galhardia e muita classe, e que, no caso de nesta edição ele também estar previsto, seria uma justa e séria candidata a recebê-lo, pela categoria da sua prestação.

Nessa noite teve lugar o suposto Jantar de Gala, mas que disso apenas teve o nome, tal a péssima qualidade do jantar que foi servido, facto amplamente comentado pela maioria das equipas presentes. Valeu o ambiente de festa que os elementos das várias equipas conseguiram protagonizar, apesar do jantar ser mesmo para esquecer, e uma excelente ”queimada” que os nossos amigos galegos prepararam e compartilharam com os demais. Para não variar muito, seriam os ibéricos os últimos a abandonar a festa…

Dia 18, seria o dia regresso para a grande maioria, enquanto um pequeno grupo rumou à Croácia, lindo país que visitara há 25 anos, sem qualquer dúvida um dos mais bonitos países da Europa.

Fizeram parte de mais uma bonita página da vida da nossa Associação Andrés Marin, Bambino e Vanda, Burcio e Elena, Carlinos e Isabel, Camborio e Marisa, Charly e Carmen, Christian Fernandez, Domingos Coruche e Joana, Elias Retamar e Isabel, Fino e Chelo, Ismael Quiñones e Fabiola, Javier Grau e Vitoria, João Cabral, Ana, Diogo e Inês, Joaquin Rojas e Dolores, John Wilson, Jorge Garcia e Cristina, Jota Alvarez, Juan Valdés e Victoria, Justo Pajuelo e Alejandro, Ludgero Reis e Nata, Manolo Ramos e Candelaria, Miguel Sancho, Nuno Carido e Mª. João, Paco Maján e Cristina, Pablo Lopez, Paulo Jaleco, Manuela, Leonor e Pedro, Patrico e Rita, Pepe Diaz e Rosa, Pepo e Lola, Rafa Pina e Monse, Tarra e Nines, Tete, Yoli e Mini-Tete, Xico Louro e Zézinha

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